Curso Online de SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL: ASPECTOS CLÍNICOS, TERAPÊUTICOS E A INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Autor: Fabrício cavalcante

2025

RESUMO

A SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL (SDM) É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA, CARACTERIZADA PELA PRESENÇA DE PONTOS GATILHO MIOFASCIAIS, QUE GERAM DOR LOCAL E REFERIDA, LIMITAÇÃO FUNCIONAL E COMPROMETIMENTO DA QUALIDADE DE VIDA. ESTE ESTUDO TEVE COMO OBJETIVO ANALISAR OS ASPECTOS CLÍNICOS, FISIOPATOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DA SDM, COM ÊNFASE NA ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA. A METODOLOGIA ADOTADA SEGUIU ABORDAGEM QUALITATIVA, COM BASE EM REVISÃO DE LITERATURA E OBSERVAÇÃO CLÍNICA. OS RESULTADOS ESPERADOS INDICAM QUE TÉCNICAS COMO LIBERAÇÃO MIOFASCIAL, EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS, ELETROTERAPIA E EDUCAÇÃO POSTURAL SÃO EFICAZES NA REDUÇÃO DA DOR E MELHORA FUNCIONAL. CONCLUI-SE QUE A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA INTEGRADA, BASEADA EM EVIDÊNCIAS E CENTRADA NO PACIENTE, É ESSENCIAL PARA O MANEJO ADEQUADO DA SDM, PROPORCIONANDO ALÍVIO SINTOMÁTICO E PREVENÇÃO DE RECORRÊNCIA.

PALAVRAS-CHAVE: SÍNDROME MIOFASCIAL. PONTOS GATILHO. FISIOTERAPIA. DOR MUSCULOESQUELÉTICA. REABILITAÇÃO.

INTRODUÇÃO: SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL

A SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL (SDM) É UMA DAS CAUSAS MAIS COMUNS DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA, SENDO CARACTERIZADA PELA PRESENÇA DE PONTOS GATILHO MIOFASCIAIS (PGMS), QUE SÃO ÁREAS HIPERIRRITÁVEIS LOCALIZADAS EM BANDAS TENSAS DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS. ESSES PONTOS GERAM DOR LOCAL E REFERIDA, DISFUNÇÕES MOTORAS E ALTERAÇÕES AUTONÔMICAS (TRAVELL; SIMONS, 1999).

“A dor miofascial é caracterizada pela presença de um ponto gatilho em uma banda tensa do músculo esquelético, que é doloroso à compressão e pode gerar dor referida, disfunção motora e fenômenos autonômicos” (TRAVELL; SIMONS, 1999, p. 5).

O QUADRO CLÍNICO DA SDM ENVOLVE DOR PROFUNDA, DIFUSA E MAL LOCALIZADA, MUITAS VEZES CONFUNDIDA COM OUTRAS SÍNDROMES DOLOROSAS COMO FIBROMIALGIA, LESÕES MUSCULARES OU PATOLOGIAS ARTICULARES. A IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS GATILHO E SUA MANIPULAÇÃO SÃO ESSENCIAIS PARA O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO EFICAZ DA CONDIÇÃO (BORGES; FERREIRA; CHAVES, 2015).

A ETIOLOGIA DA SDM É MULTIFATORIAL, ENVOLVENDO FATORES BIOMECÂNICOS, POSTURAIS, EMOCIONAIS E ATÉ MESMO DISFUNÇÕES VISCERAIS QUE CONTRIBUEM PARA O ESTRESSE MUSCULAR PROLONGADO E, CONSEQUENTEMENTE, O SURGIMENTO DOS PGMS (SIMAO; BORGES; PIMENTA, 2017). FATORES COMO SOBRECARGA REPETITIVA, TRAUMA DIRETO, SEDENTARISMO, ESTRESSE PSICOLÓGICO E DISTÚRBIOS DO SONO SÃO FREQUENTEMENTE ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME.

ALÉM DISSO, A SDM PODE AFETAR SIGNIFICATIVAMENTE A QUALIDADE DE VIDA DO INDIVÍDUO, GERANDO LIMITAÇÕES FUNCIONAIS, DIMINUIÇÃO DO DESEMPENHO FÍSICO E IMPACTOS EMOCIONAIS, COMO ANSIEDADE E DEPRESSÃO (FERNANDES ET AL., 2020). O TRATAMENTO PODE INCLUIR ABORDAGENS CONSERVADORAS COMO FISIOTERAPIA, TERAPIA MANUAL, TÉCNICAS DE LIBERAÇÃO MIOFASCIAL, ACUPUNTURA, ALONGAMENTOS, EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E, EM ALGUNS CASOS, FARMACOTERAPIA.

“A palpação cuidadosa e a identificação da dor referida são essenciais para o diagnóstico preciso dos pontos gatilho miofasciais” (FERNANDES et al., 2020, p. 46).

DIANTE DA ALTA PREVALÊNCIA E DOS IMPACTOS SIGNIFICATIVOS DA SDM NA FUNCIONALIDADE E BEM-ESTAR DOS PACIENTES, O ESTUDO APROFUNDADO DESSA SÍNDROME SE FAZ NECESSÁRIO PARA MELHOR COMPREENDER SEUS MECANISMOS, FORMAS DE DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS EFICAZES

JUSTIFICATIVA

A SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL (SDM) REPRESENTA UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA E FUNCIONALMENTE INCAPACITANTE NA POPULAÇÃO ADULTA, SENDO FREQUENTEMENTE NEGLIGENCIADA NOS PROCESSOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS. APESAR DA ALTA PREVALÊNCIA, ESPECIALMENTE ENTRE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS A SOBRECARGA MUSCULAR, MÁ POSTURA, ESTRESSE EMOCIONAL OU CONDIÇÕES DE TRABALHO DESFAVORÁVEIS, A SDM AINDA É SUBDIAGNOSTICADA DEVIDO À COMPLEXIDADE DOS SEUS SINTOMAS E À SOBREPOSIÇÃO COM OUTRAS SÍNDROMES DOLOROSAS, COMO A FIBROMIALGIA OU A DOR NEUROPÁTICA (TRAVELL; SIMONS, 1999; SIMÃO ET AL., 2017).

A IMPORTÂNCIA DE INVESTIGAR E APROFUNDAR O CONHECIMENTO SOBRE A SDM JUSTIFICA-SE PELA SIGNIFICATIVA LIMITAÇÃO FUNCIONAL QUE ELA IMPÕE AOS INDIVÍDUOS ACOMETIDOS, AFETANDO A QUALIDADE DE VIDA, A PRODUTIVIDADE LABORAL E O BEM-ESTAR PSICOSSOCIAL. O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA SAÚDE PÚBLICA É CRESCENTE E DEMANDA ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS, CAPAZES DE PROMOVER O ALÍVIO SINTOMÁTICO, RESTAURAR A FUNCIONALIDADE E PREVENIR A REINCIDÊNCIA DOS SINTOMAS (FERNANDES ET AL., 2020).

NO CONTEXTO DA FISIOTERAPIA, O ESTUDO DA SDM É FUNDAMENTAL, POIS OFERECE SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE TRATAMENTO INDIVIDUALIZADOS, QUE INTEGREM RECURSOS MANUAIS, ELETROTERMOFOTOTERAPIA, EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E ORIENTAÇÕES POSTURAIS. COMPREENDER OS FATORES ETIOLÓGICOS, OS MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS E OS MÉTODOS EFICAZES DE INTERVENÇÃO CONTRIBUI DIRETAMENTE PARA A QUALIFICAÇÃO DA PRÁTICA CLÍNICA DO FISIOTERAPEUTA E PARA O AVANÇO DO CUIDADO HUMANIZADO E BASEADO EM EVIDÊNCIAS (BORGES; FERREIRA; CHAVES, 2015).

“As técnicas fisioterapêuticas baseadas em evidências, como a liberação miofascial e a cinesioterapia, apresentam efeitos significativos na redução da dor e na melhora da função” (BORGES; FERREIRA; CHAVES, 2015, p. 401).

OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:

ANALISAR DE FORMA APROFUNDADA OS ASPECTOS CLÍNICOS, FISIOPATOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DA SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL (SDM), COM ÊNFASE NA ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA, DESTACANDO OS PRINCIPAIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E TRATAMENTO BASEADOS EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA SDM, COM FOCO NA CARACTERIZAÇÃO DOS PONTOS GATILHO MIOFASCIAIS E SUAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS.

INVESTIGAR OS FATORES ETIOLÓGICOS E FISIOPATOLÓGICOS ENVOLVIDOS NO DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME, RELACIONANDO-OS AOS ASPECTOS BIOMECÂNICOS, POSTURAIS E EMOCIONAIS.

DISCUTIR OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E DIFERENCIAIS DA SDM EM COMPARAÇÃO COM OUTRAS SÍNDROMES DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA.

AVALIAR AS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS UTILIZADAS NA FISIOTERAPIA PARA O TRATAMENTO DA SDM, INCLUINDO TÉCNICAS MANUAIS, LIBERAÇÃO MIOFASCIAL, ALONGAMENTOS, ELETROTERAPIA E EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS.

REFLETIR SOBRE A IMPORTÂNCIA DE UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR E BIOPSICOSSOCIAL NO MANEJO DA DOR MIOFASCIAL, CONSIDERANDO A INDIVIDUALIDADE E AS NECESSIDADES DE CADA PACIENTE.